Forte dos Andradas
Em 10 de novembro de 1942, era inaugurado o último forte do Brasil: o Forte do Monduba que, em conjunto com a Fortaleza de Itaipu, formaria o Sistema Defensivo da Baía de Santos, onde se encontrava, à época, o maior porto exportador do Brasil.
Posteriormente batizado como Forte dos Andradas, em homenagem aos ilustres santistas José Bonifácio (Patriarca da Independência), Antônio Carlos e Martim Francisco de Barros, foi criado para abrigar a 5ª Bateria Independente de Artilharia de Costa e quatro “peças” equipadas com “obuseiros”, isto é, canhões Krupp de 280 mm de calibre e tiros com 12 KM de alcance. Além de um observatório, onde havia uma luneta e dois telêmetros que faziam o cálculo das coordenadas das embarcações, a fim de determinar a distância e a localização de navios que se aproximavam da baía.
Escavado na rocha, o Forte dispõe de uma arquitetura militar tipo “casamata ativa”, isto é, uma instalação fechada de tuneis arqueados, um de 200mt e outros dois de 50m cada, que abrigavam a cozinha, o refeitório, o banheiro, a sala de comando e mais seis depósitos de munição, além da casa do gerador (139 volts e trifásico). É um posto de artilharia totalmente recoberto pelas árvores, que formam uma “cortina invisível”.
O Forte dos Andradas está localizado no Morro do Monduba, uma área de preservação permanente de 2,1 milhões de m² de ecossistemas associados. É um amplo Parque de Mata Atlântica, rico em biodiversidade.
Nossos obuses não são mais “peças” de guerra, desde 1972. Hoje, porém, têm a missão de preservar a história do Exército e da Nação brasileira.
Mais informações e sobre visitação, acesse o site do Comando de Defesa Antiaérea do Exército
Canhão Antigo do Forte
Guarnição de uma das peças da 5ª BIAC - 1942