Aviação do Exército testa nova categoria de drone em atividades militares
Taubaté (SP) – As Aeronaves Remotamente Pilotadas (SARP), conhecidas popularmente como drones, são uma realidade nas guerras e conflitos atuais, onde a tecnologia tem sido fundamental para a manutenção da segurança e do sucesso das operações militares. Dentro desta realidade, a Força Terrestre está permanentemente investindo em novas tecnologias, entre elas está o SARP categoria 2.
Até o dia 22 de abril, o Comando de Aviação do Exército (CAvEx) e o 1º Batalhão de Aviação do Exército (1º BAvEx) realizam a avaliação operacional do SARP – CAT 2. Após o processo de acolhimento e da avaliação técnica, agora o equipamento está sendo testado para a operação em atividades militares. "Nesta avaliação, vamos colocar a aeronave em situação de reconhecimentos aéreos, de eixo, reconhecimentos de locais de possível esconderijos, entre outros, para cumprir as missões de inteligência, reconhecimentos, vigilância e aquisição de alvos", explicou o Comandante do Núcleo da Subunidade SARP do 1º BAvEx, Major Conrado Arruda.
Com quase oito metros de envergadura, três de comprimento e podendo chegar a uma velocidade de até 100 quilômetros por hora, o SARP CAT 2 conta com autonomia de ate oito horas de operações, sejam diurnas ou noturnas.
Ainda de acordo com o Major, ao final de todas as avaliações, o SARP e os helicópteros devem atuar juntos. "Com estas aeronaves não tripuladas temos possibilidade de se expor ao risco maior, se expor em uma situação mais perigosa, digamos assim, e ele pode ir informando as equipes das aeronaves tripuladas. Desta maneira, numa situação real, aeronaves tripuladas e não tripuladas vão atuando em sinergia e complementando as ações umas das outras para conquistar o objetivo fim."
Para poder operar este equipamento, os militares da Aviação passaram por treinamentos técnicos e teóricos.
Além do SARP CAT 2, a AvEx já conta com os SARPs categorias 0 e 1, que apoiam a Força Terrestre em todo território nacional, em operações de vigilância, segurança e monitoramento de fronteiras, minimizando os riscos e exposições de militares em combate, além de reduzir custos. Para o chefe do Departamento de Ciência e Tecnologia (DCT) ,General de Exército Achilles Furlan Neto, esta é uma mudança de fase. "Depois de algumas décadas estamos nos lançando em uma capacidade que todas as Forças Armadas do mundo precisam ter, o veículo aéreo não tripulado. Ficamos contentes de ver que tecnologia nacional envolvida neste projeto, que os profissionais estão se capacitando e nós temos já uma subunidade que esta fazendo avaliação operacional deste aparelho".
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